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Cenário mundial da navegação

Cenário mundial da navegação
01/02/2016

De acordo com o relatório semanal do analista financeiro Richard Ward, A atual situação de dívidas das maiores companhias marítimas da Coreia do Sul gera preocupações em todos os setores, principalmente após os anúncios da mídia local dizendo que o governo não oferecerá medidas para aliviar a dupla.

A HMM (Hyundai Merchant Marine) precisará repor aos cofres suas dívidas de KRW 120 bilhões (US$ 96 milhões) imediatamente, e KRW 240 bilhões (US$ 192 milhões) ao final de abril e julho, enquanto a Hanjin Shipping será obrigada a quitar sua dívida de KRW 600 bilhões neste ano (US$ 480 milhões). Um ofício publicado pelo Serviço de Coordenação Financeira da Coreia do Sul relata que “oferecer ainda mais ajuda às empresas seria como continuar a carregar um navio sem fundo e, portanto, não há mais nada que possamos fazer”.

Em outra ocasião, a HMM divulgou não ter planos de recorrer na justiça como consignatário, abafando as especulações do mercado de que a companhia seria forçada a buscar proteção em meio às contingências da dívida. O relatório oficial esclarece também que a empresa não está considerando uma fusão com a Hanjin, ou vice-versa.

Após a contenção dos rumores do mercado, no entanto, a HMM confirmou, nesta semana, que está em discussões para a venda das operações de granel de GNL (Gás Natural Liquefeito), tendo como potencial compradora a H-Line Shipping, justamente a divisão de granel da Hanjin. “É verdade que estamos considerando uma série de opções para garantia de liquidez, no entanto ainda não se tem nada confirmado”, declarou a empresa à IHS Fairplay na quinta-feira (28).

O relatório InfoMare conrimra que a aquisição dos 14 graneleiros da HMM consolidaria a H-Line Shipping como segundo maior armador de granéis secos.

Ainda na China, segundo fontes do Lloyds’ List, a OOCL (Orient Overseas Container Line) divulgou 15,6% de queda no faturamento nos útlimos três meses de 2015, apesar do aumento de 2% na movimentação de cargas no período. Em especial, a rota Ásia-Europa sofreu queda de 36% no faturamento, quando comparada ao mesmo período do ano anterior, com movimentação de contêineres reduzida em 16%. A OOCL também declarou que suas três outras regiões de atuação, que incluem o mercado intra-Ásia, Australásia e as regiões do transpacífico caíram respectivamente 15,3%, 7,9% e 4%.

A Cosco, por sua vez, registrou uma notificação junto à Comissão Marítima dos Estados Unidos, declarando que deveria assumir a frota da CSCL por contrato de afretamento no início de março. A fusão entre as duas empresas deverá criar a quarta maior empresa de navegação em contêineres do mundo, e a maior operadora de granéis secos e tankers em tamanho de frota.