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Depois do milho, exportação de soja dispara no Brasil

Depois do milho, exportação de soja dispara no Brasil
15/06/2016

Após ver o milho brasileiro praticamente tomar o rumo do mercado externo, o consumidor interno agora vê que a soja também teve o mesmo caminho.

Sem esses produtos para o mercado interno, os preços disparam e os custos tornam difíceis os negócios na área de produção de proteínas.

Pelo ritmo das exportações das duas primeiras semanas deste mês, as vendas externas da oleaginosa deverão atingir 8,2 milhões de toneladas em junho.

Com isso, o acumulado do ano, que atingiu 30,8 milhões de toneladas nos cinco primeiros meses de 2016, fecharia o primeiro semestre com 39 milhões, 21% mais do que em igual período de 2015.

Atingido esse volume de vendas externas, restariam apenas mais 15 milhões para deixar o mercado interno em direção ao externo, uma vez que as novas estimativas de exportações da Conab indicam um volume próximo de 54 milhões de toneladas.

De julho a dezembro de 2015, o volume exportado foi de 22 milhões de toneladas.

Não é apenas a soja que toma o rumo externo, mas também o farelo de soja, um dos componentes da ração.

As exportações de farelo deste mês, tomando como base o ritmo das duas primeiras semanas, vai a 1,13 milhão de toneladas, somando 8 milhões no primeiro semestre, 9% mais do que em igual período de 2015.

O mercado assimila esses números com correção de preços. A saca de soja atingiu R$ 100 nesta segunda-feira (13) em Paranaguá, 48% mais do que no ano passado, segundo apuração da AgRural.

A exportação recorde de soja pegou o mercado interno desprevenido. E isso ocorre depois da constatação, aos poucos, da quebra de safra.

A disputa pelo produto nacional entre consumidor interno e externo vai se tornar acirrada. As indústrias necessitam da soja e do farelo, enquanto os importadores pagam US$ 1,20 a mais por bushel (27,2 quilos) pela soja brasileira, em relação aos preços praticados em Chicago. Há um mês, esse prêmio era de apenas US$ 0,68, segundo Daniele Siqueira, analista da AgRural.

A quebra da safra argentina aquece os preços internacionais, elevando ainda mais os praticados internamente.

Fonte: Folha de S. Paulo via Brazil Modal