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Nova geração de navios interliga mercado brasileiro à Ásia pelo Canal do Panamá

Nova geração de navios interliga mercado brasileiro à Ásia pelo Canal do Panamá
22/11/2017

A entrega oficial do porta-contêineres Santos Express nesta terça-feira (21), no Porto de Santos, litoral de São Paulo, consolida a renovação da frota da Hapag-Lloyd que atende a América Latina. A empresa, considerada líder no setor, estima crescimento nas exportações brasileiras para 2018, ante estabilidade deste ano.

O Santos Express foi batizado durante cerimônia no costado do terminal Embraport, na Margem Esquerda (Área Continental) do cais santista. A embarcação tem 333 metros de comprimento e 48 metros de largura (boca) e, apesar de não ser a maior em dimensão a operar no porto, é a ideal para atravessar o Canal do Panamá.

Não por acaso, uma vez que o navio consolida e gera eficiência à rota que interliga a Ásia e a América do Sul, com ênfase ao comércio brasileiro. “Para atender a demanda, temos feito um grande esforço para conectar o Brasil com os mercados mais importantes do mundo”, disse o diretor da companhia, Andrés Kulka.

Além da escala regular em Santos, a embarcação também passa pelos portos da Argentina e do Uruguai, antes de finalmente chegar à China e Coréia. O caminho é encurtado pelo Panamá, uma vez que a conclusão em 2016 da ampliação e do alargamento do canal possibilitou que navios de maior porte possam navegar ali.

“O serviço Ásia é o principal que a gente tem no terminal. São duas escalas semanais para importação e exportação. Este último, com embarque de pelo menos 1.700 contêineres, o que é um número considerável”, afirmou o gerente comercial da Embraport, Bruno Ferretti. “Demanda existe e ele vem atendê-la”.

São 10.500 TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) disponíveis na nova embarcação. Há 2,1 mil tomadas para receberem caixas metálicas refrigeradas (contêineres reefer), utilizados, principalmente, na armazenagem, transporte e conservação de carregamentos de carnes, frango e frutas.

“Um quinto de toda a exportação brasileira ocorre por contêiner refrigerado, por isso é certo atender a essa necessidade do mercado, que agora tem à disposição esse navio”, disse o vice-presidente da armadora para o Brasil, Juan Pablo Richards. Ele está otimista com os resultados do comércio exterior.

O executivo estima que a empresa registre crescimento de pelo menos 3% nas exportações em volume de TEUs pelo mercado nacional em 2018, se comparado com igual período anterior. Ainda em 2017, ele prevê números semelhantes ao registrado no último ano, mas que podem até alcançar crescimento mínimo de 1%.

No caminho inverso, Richards também avalia perspectiva positiva para o setor. “A importação que no passado era maior que a exportação, hoje não é e a situação tende a minimizar esse lacuna com a exportação, crescendo a níveis de 15 a 17%. A importação vem de todo o lugar, principalmente Ásia e Europa”, afirmou.

O Santos Express é o quinto e último navio da renovação da frota da armadora que atende a América Latina. Cada um custou entre 80 a 100 milhões de dólares. As embarcações foram entregues entre o final de 2016 e o primeiro semestre deste ano e foram batizadas com os nomes de portos localizados no continente.

Fonte: G1