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Projeto vai ajudar empresas a adequarem embalagens para conquistar mercado internacional

Projeto vai ajudar empresas a adequarem embalagens para conquistar mercado internacional
20/09/2017

Não se pode julgar um produto pela embalagem, certo? Na prática não é bem assim. Consumidores estão cada vez mais exigentes quanto ao design e às funcionalidades das embalagens. A qualidade e a adequação têm impactos na cadeia de produção e exportação muito antes de chegar ao consumidor final. Pensando nisso, a Rede Brasileira de Centros Internacionais de Negócios (Rede CIN), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) desenvolveram um projeto para ajudar pequenas e médias empresas brasileiras a fazer da embalagem uma vantagem para abrir novos mercados no exterior.

Para isso, o piloto selecionará 12 empresas dos setores de alimentos, bebidas, cosméticos e confecção de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina com bom potencial de exportação. Elas receberão atendimento coordenado entre os CINs, instalados nas federações estaduais de indústrias, e o SENAI. A Rede CIN entrará com a inteligência comercial e o apoio à promoção de negócios e o SENAI com a execução técnica da adequação das embalagens. Assim, o projeto compreenderá prospecção de mercados externos, análise das empresas selecionadas, plano de adequação de embalagens com foco no mercado alvo, implementação das mudanças na embalagem, apoio especializado para negociação com compradores até a exportação efetiva.

Uma pesquisa da multinacional MeadWestvaco Corporation (MWV), de 2015, mostrou que 37% das pessoas entrevistadas em todo o mundo afirmaram ter comprado um novo produto motivados pela funcionalidade da embalagem. Na mesma enquete, 37% relataram ter testado um novo produto porque a embalagem chamou a atenção.

Para o setor de cosméticos, a meta é preparar as empresas para atender às exigências da Colômbia e de Dubai, mercados receptivos ao cosmético brasileiro. Já o setor de alimentos deve focar em ampliar o acesso de produtos do Brasil ao público do Chile. Os países foram selecionados com base em ações prévias da Rede CIN na identificação de oportunidades para a indústria brasileira nos países vizinhos. Presente nas federações de indústria dos 26 estados e do Distrito Federal, a Rede CIN conta com especialistas de comércio exterior que desenvolvem soluções encadeadas e complementares para os diversos níveis de maturidade das empresas brasileiras.

Com a expertise dos Institutos SENAI de Tecnologia, que compõem uma rede de 39 centros em operação no Brasil inteiro e outros 18 em fase de planejamento e implementação, as empresas receberão o suporte necessário em registro de marcas, design, tendências para o setor além de diagnóstico técnico para adequação da embalagem – do material ao rótulo.

BENEFÍCIOS – Na prática, a atuação conjunta da Rede CIN e SENAI permite uma oferta integrada e complementar para as empresas atendidas pelo Sistema Indústria. “Estamos permitindo que a inteligência de mercado, já consolidada pela Rede CIN, multiplique os atendimentos para o Sistema Indústria. Quem mais ganha com este alinhamento é a empresa, que receberá atendimento completo para se internacionalizar”, afirma o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi.

“O SENAI tem se consolidado como um dos principais parceiros da indústria para ampliar a sua competitividade nacional e internacionalmente. Para isso, reúnimos o conhecimento técnico para ajudar as empresas a solucionar desafios de inovação, tecnológia e design para ampliar a capacidade de atuar no exterior”, afirma Rafael Lucchesi, diretor-geral do SENAI.

Lucas Baldissera, especialista em gestão e design de embalagem e consultor do projeto, explica que muitas vezes os benefícios vão além da relação com o consumidor. “Conseguimos substituir materiais poluentes por materiais recicláveis, por exemplo. Além disso, o desenho da embalagem é fundamental na hora de pensar na logística e no transporte. Com a embalagem certa, os bens não quebram, não há prejuízo com a devolução ou danos aos produtos”, explica.

Fonte: CNI