Cerca de 620 mil pessoas ficaram sob ordens de retirada obrigatória na Louisiana e no Texas, porque a tormenta tem potencial para inundações ‘catastróficas’.
O olho do furacão Laura tocou o solo na madrugada desta quinta-feira (27) na costa do estado da Louisiana, no sul dos Estados Unidos, com ventos máximos sustentados de até 240 km/h.
No momento em que alcançou a terra, ele era de categoria 4 (penúltima em escala que vai até 5), mas posteriormente foi reclassificado como 2, e os ventos perderam a potência e passaram a ter velocidade de 175 km/h.
A ameaça de inundações catastróficas forçou centenas de milhares de pessoas a deixarem suas casas na Louisiana e no estado vizinho Texas.
A tormenta atingiu a costa perto da cidade de Cameron desde 1h do horário local (3h de Brasília). O centro estava a 45 km ao sul-sudoeste de Lake Charles e se movia na direção norte a uma velocidade de 24 km/h.
“Tempestade catastrófica, ventos extremos e inundações repentinas estão acontecendo em partes da Louisiana”, alertou o Centro Nacional de Furacões (NHC, sigla em inglês).
Com a chegada do furacão, os principais centros de refino de petróleo de Lake Charles, de Beaumont e de Port Arthur, estão na rota de risco e já deixaram de funcionar.
620 mil têm ordem para deixar suas casas
Várias medidas de proteção foram tomadas pela administração da Louisiana, estado que foi devastado causada em 2005 pelo Katrina, furacão de categoria 5 – a máxima. Nova Orleans ficou com 80% de seu território inundado. Mais de 1000 pessoas morreram.
Para se proteger contra o furacão, os edifícios de arquitetura do histórico Bairro Francês foram protegidos com chapas de madeira e sacos de areia foram empilhados diante de portas e janelas.
Cerca de 620 mil pessoas receberam ordens de retirada obrigatória na Louisiana e no Texas. As autoridades da Louisiana estão alertando aqueles que se recusaram a deixar as zonas obrigatórias antes da chegada do furacão que os esforços de resgate não começarão até que a tempestade passe e seja seguro fazer isso.
“Por favor, deixe sua casa. Se você decidir ficar e não pudermos chegar até você, escreva seu nome, endereço, número do seguro social e de familiares e coloque um saco plástico em seu bolso, rezando para que nada aconteça”, afirmou o comunicado divulgado pelo xerife de Vermilion Parish.
O governador do Texas, Greg Abbott, disse que a Guarda Nacional de seu estado estava preparada com veículos para água e helicópteros de resgate, enquanto o governador da Louisiana, John Bel Edwards, declarou que toda a Guarda Nacional do Estado foi ativada pela primeira vez desde 2012.
O presidente Donald Trump pediu aos moradores das áreas afetadas que “ouçam as autoridades locais”. “Laura é um furacão muito perigoso e está se intensificando rapidamente. Meu governo continua colaborando totalmente com os gestores de emergência estaduais e locais”, publicou Trump no Twitter.
Tempestade
Ainda como uma tempestade, Laura provocou em Cuba chuvas fortes e alguns danos. No fim de semana, porém, sua passagem provocou a morte de pelo menos 24 pessoas no Haiti e na República Dominicana.
Após deixar Cuba, a tempestade ganhou força no Golfo do México e se tornou um furacão antes de chegar à costa dos Estados Unidos.
A temporada de tempestades no Atlântico, que vai até novembro, deve ser uma das mais severas. O NHC prevê até 25 fenômenos, e Laura é o 12º até o momento.
Fonte: G1