Os gargalos de infraestrutura e logística têm um custo significativo para a indústria brasileira, principalmente para a de base. Empresas de diversos segmentos chegam a gastar até 60% dos investimentos de um único projeto para garantir a logística integrada e viabilizar a produção.
O maior projeto da mineradora Vale, por exemplo, é o S11D, destinado a escoar minério de ferro em Carajás. Seu investimento está estimado em US$19 bilhões. Desses, US$11,5 bilhões devem financiar a ampliação da capacidade logística. O projeto contempla a construção de um ramal ferroviário, duplicação de seções da ferrovia, terminal ferroviário e instalações portuárias.
Para Frederico Turolla, sócio da Pezco Microanalysis e professor da ESPM, a demanda por aporte em infraestrutura para fins logísticos “cresceu brutalmente nos últimos anos, principalmente por conta da expansão da China. No entanto, o Brasil não acompanhou”. De 2002 a 2014, a média anual de aportes em infraestrutura foi de apenas 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
Outro exemplo é o setor de papel e celulose, que está com suas plantas industriais cada vez mais longe da costa, fenômeno conhecido como interiorização. São aproximadamente sete projetos que dependem da logística para se concretizarem e esperam para sair do papel.
De acordo com Leonardo Coelho, advogado especialista na área de infraestrutura da Firmo, Sabino e Lessa, mesmo que a vontade de depender menos das rodovias exista, não está concretizada: “A infraestrutura e a logística são os pulmões do País, uma vez que todas as outras atividades dependem delas e, hoje, este é o principal gargalo para o desenvolvimento mais acentuado da indústria”, afirma.
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