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Um milhão de minutos de atraso

Um milhão de minutos de atraso
02/06/2016

O transporte europeu está prestes a encarar uma nova interrupção: os controladores do tráfego aéreo francês divulgaram planos de paralisação que prometem ser “os piores de 2016”. Com a interrupção aérea, e mais a greve que afeta os portos marítimos de Le Havre e Marseille desde a semana passada, a indústria prevê quedas significativas na distribuição, e o país teme manchar a sua reputação internacional quanto à eficiência logística, após anos de esforço para se posicionar como uma boa opção nas rotas europeias.

A organização europeia para a segurança aérea Eurocontrol vem avisando que o serviço de tráfego da França (ATC) deve ser afetado por uma greve programada para ocorrer desde as 4h00 (GMT) do dia 02 de junho até as 4h00 (GMT) do dia 03 de junho. Em seguida, haverá outra paralisação que deve seguir até o dia 06 de junho, em protesto às futuras reformas no serviço aéreo.

O grupo de companhias aéreas europeias A4E alertou que a greve esperada para o período total de 03 a 06 de junho deverá causar atrasos, cancelamentos e desvios longos nas rotas. “Estamos prevendo cerca de 3.000 cancelamentos ou mais, dependendo do impacto”, disse um porta-voz do grupo à Air Transportation World. O total de atrasos durante o final de semana deve chegar a cerca de “um milhão de minutos”, escreveu a publicação, afirmando que o número é comparável à soma de todas as paralisações da ATC realizadas neste ano.

Esta é a nona greve organizada pela francesa ATC nas últimas 10 semanas, e a 50ª desde 2009. Some-se a isso a greve portuária de 24 horas que vai impactar nas atividades dos principais portos franceses, Le Havre e Marseille, e a atividade industrial francesa deverá passar por uma semana difícil, comprometendo a eficiência de suas operações.

Nos portos, a paralisação de portos e docas é organizada pelo sindicato CGT, em protesto às novas leis trabalhistas, o que preocupa o presidente da associação de transitários TLF, Herbert de St Simon: “nos últimos anos, fizemos um esforço enorme para melhorar a confiabilidade e a atratividade dos portos franceses para a movimentação de containers. Le Havre, por exemplo, superou a distância operacional que o separava dos vizinhos franceses Roterdã e Antuérpia. Porém o perigo é que essas greves tenham m peso negativo na reputação internacional dos portos franceses”, alertou St. Simon.

Fonte: Guia Marítimo