As exportações de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 4,23 bilhões no acumulado de janeiro-setembro de 2016, 2,4% abaixo das registradas no mesmo período de 2015 (US$ 4,33 bilhões). Os dados são da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), que apontam que o resultado é reflexo da queda do movimento cambial.
Os dados mostram que no primeiro semestre, quando a taxa de câmbio estava acima de R$ 3,50 por dólar, as exportações acumuladas no ano estavam superiores às registradas em iguais períodos de 2015. Porém, a partir do 2º semestre de 2016, quando o real passou a se valorizar (chegando a R$ 3,26 em setembro), as vendas externas recuaram e os resultados acumulados ficaram abaixo do ano passado. De acordo com Humberto Barbato, presidente da Abinee, esse comportamento negativo anulou o crescimento atingido no primeiro semestre, inclusive. Ele observa que recente pesquisa feita pela Associação junto a associados indicou que a taxa de câmbio adequada para proporcionar competitividade aos seus negócios seria no mínimo de R$ 3,50 por dólar.
No acumulado dos primeiros nove meses do ano, as importações de produtos elétricos e eletrônicos somaram US$ 18,8 bilhões, 25,7% abaixo das ocorridas em igual período de 2015 (US$ 25,3 bilhões), reflexo da queda da atividade do País.
No acumulado de janeiro-setembro de 2016, o déficit da balança comercial dos produtos elétricos e eletrônicos somou US$ 14,56 bilhões, 30,5% abaixo do registrado em janeiro-setembro do ano passado (US$ 20,94 bilhões). O resultado é consequência da retração das importações que vem sendo verificada desde 2014, refletindo a queda da atividade do País.
Ao analisar por regiões, a maior parte do déficit ocorreu em função dos negócios com os países da Ásia (US$ 11,48 bilhões), sendo que somente com a China, o saldo negativo alcançou US$ 6,27 bilhões e com os demais países da Ásia somou US$ 5,21 bilhões.
Para acessar os dados completos acesse o site da Abinee.
Fonte: Guia Marítimo