Preferências de Privacidade

Ao visitar um site, informações podem ser armazenadas em seu navegador, principalmente na forma de cookies. Esses dados, sobre você, preferências ou dispositivo, são essenciais para o funcionamento do site. Embora não o identifiquem diretamente, proporcionam uma experiência web personalizada. Respeitamos sua privacidade e você pode optar por não permitir alguns cookies. Bloquear certos tipos pode impactar sua experiência no site e nossos serviços.

Sempre ativos

Essenciais para o funcionamento do site, esses cookies não podem ser desativados. Geralmente, são ativados em resposta às suas ações, como preferências de privacidade, login ou preenchimento de formulários. Embora seja possível bloqueá-los ou receber alertas, algumas partes do site podem não funcionar. Eles não armazenam informações pessoais identificáveis.

Sem cookies para exibir.

Esses cookies habilitam serviços essenciais e melhorias personalizadas, lembrando preferências como nome de usuário, região ou idioma. Podem ser definidos por nós ou por fornecedores externos. A desativação pode comprometer o funcionamento adequado dessas funcionalidades.

Sem cookies para exibir.

Os cookies analíticos são utilizados para compreender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Sem cookies para exibir.

Esses cookies medem visitas e fontes de tráfego, aprimorando o desempenho do nosso site. Identificam páginas populares, movimentação dos visitantes e mantêm informações anônimas. Sem esses cookies, perderemos o acompanhamento das visitas e do desempenho do site.

Sem cookies para exibir.

Estes cookies, provenientes de nossos parceiros de publicidade, criam perfis de interesses para exibir anúncios relevantes em outros sites. Embora não armazenem informações pessoais diretamente, dependem da identificação única do seu navegador e dispositivo. A desativação reduzirá a publicidade direcionada.

Sem cookies para exibir.

Head Office +55 11 5908 4050

ÁREA RESTRITA | CANAL DE DENÚNCIAS

“Brasil tem que sair da casca e enfrentar o mundo”, aponta professora da FGV

“Brasil tem que sair da casca e enfrentar o mundo”, aponta professora da FGV
10/05/2016

Não é novidade que o Brasil está carente de acordos comerciais, principalmente quando desde 2015 empreendedores e investidores vem tendo enormes surpresas, porém não muito agradáveis. Apesar do bom desempenho das exportações, um estudo realizado pela FGV (Fundação Getulio Vargas) em parceria com a Amcham (Câmara Americana de Comércio), apresentado durante evento em São Paulo ontem, segunda-feira (09), apontou que a adoção de um acordo comercial com os EUA, que elimine 100% das tarifas, possibilitaria ao Brasil aumento de quase 7% nas exportações e de 1,29% no PIB.

“Um dos únicos locais, no nível macro, que conseguimos efetivamente ganhar competitividade é na área das commodities. O grande desafio é como vamos dar os passos para que possamos diversificar nossa pauta e evoluir no que já temos de vantagens competitivas. O alinhamento entre o setor privado e o setor público é fundamental”. (Fernando Queiroz, CEO, Minerva Foods.)

“As negociações comerciais multilaterais no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio), não mais refletem as necessidades atuais do comércio internacional, especialmente porque o novo paradigma sobre o comércio não permite mais os sucessivos adiamentos de decisões multilaterais”, apontou o estudo “Os Impactos para o Brasil de acordos de livre comércio com EUA e União Europeia.

Simulando o impacto de um acordo de comércio com a União Europeia, o material mostra que o Brasil teria aumento de cerca de 12% nas exportações e crescimento de 2,8% no PIB. No levantamento, os professores da FGV simularam seis situações de acordos econômicos entre Brasil, EUA e União Europeia, juntos e separadamente, sempre projetando os impactos no PIB, balança comercial e fluxo de comércio até 2030.

Os professores da FGV Vera Thorstensen, coordenadora do Centro do Comércio Global e Investimento da FGV, e Lucas Ferraz, que coordena o Núcleo de Modelagem, apontaram que dados do FMI mostram que o Brasil representa cerca de 3% do PIB Global (2015) e apenas 1,2% do comércio internacional (2014), o que diagnostica uma economia fechada.

De acordo com Ferraz, os números refletem o potencial desses acordos, levando em conta a 0% de tarifas e redução de 40%das barreiras não tarifárias. “Esses são números otimistas, mas é a melhor maneira que temos para iniciar um debate, mostrado o potencial e a sensibilidade dos acordos”.

O material aponta ainda que os acordos comerciais entre o País e a União Europeia, com a eliminação de tarifas e diminuição de barreiras não-tarifárias (NTBs), podem trazer benefícios econômicos para o Brasil a longo prazo. Entre eles as exportações seriam beneficiadas com alta de 12,33% e as importações em 16,93%. Já o PIB teria uma expansão de 2,8%.

Na opinião de Hélio Magalhães, presidente do Conselho da Amcham, para alcançar sucesso no mundo cada vez mais globalizado, o Brasil ainda precisa aprender uma lição importante. “Representamos 3% do PIB global, mas só 1,2% do comércio entre as nações. Ou seja, alguém está vendendo no nosso lugar”, afirmou.

O comércio entre o país e o bloco europeu tem parte importante das exportações brasileiras em mercadorias agrícolas, mas também em produtos industrias. Ainda de acordo com o estudo, um acordo com os EUA que contemplasse redução de tarifas e de barreiras não tarifárias também seria muito benéfico para o Brasil. O resultado seriam crescimento de 6,94% nas exportações e 7,46% nas importações. Já o PIB teria uma alta de 1,29%.

Na opinião de Thorstensen baixar as tarifas para a participação do Brasil nos grandes acordos não é uma tarefa fácil, mas é importante e “não há o que temer”. Ressaltando ainda que “o Brasil tem que sair da casca e enfrentar o mundo”.

“A situação do país o distancia da economia internacional, onde 65% das transações entre países ocorre no âmbito de acordos comerciais (FGV 2014). Nos últimos anos, as economias mais fortes estão organizando mega-acordos, como o TPP (Trans-Pacific Partnership) e o TTIP (Transatlantic Trade and Investment Partnership), com a tendência de eliminar tarifas e diminuir as barreiras não tarifárias”, afirmaram os professores no material.

A recomendação do relatório é que haja cautela na hora de fechar os acordos. Um planejamento cuidadoso e a longo prazo, envolvendo tanto a indústria quanto “o governo, para que o setor seja reformado e assim ganhe níveis maiores de competitividade”. “A Europa não vai abrir espaço para um acordo enquanto o Brasil não começar uma negociação concreta com os EUA. O Brasil tem um ‘mercadinho’ que não é assim tão desprezível, precisamos avançar nas negociações”, finalizou a professora da FGV.

Para ter acesso ao estudo completo clique aqui.

Fonte: Guia Marítimo