A interrupção de, aproximadamente, 16 horas no tráfego aquaviário do Porto de Santos, nos dois últimos dias, acarretou prejuízo de pelo menos R$ 807.690,00 (US$ 247 mil). De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a densa neblina que cobriu a Baixada Santista alterou a programação de 15 navios.
A determinação para que o canal de navegação fosse fechado entre a madrugada e a manhã desta terça-feira (26) e de segunda-feira (25), partiu da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), visando a segurança da navegação. Dados dos equipamentos da Praticagem de São Paulo indicam que a visibilidade era inferior 200 metros, o que causava riscos de acidentes durante as manobras.
O valor perdido foi calculado pelo Sindicato Agências Navegação Marítima Estado São Paulo (Sindamar). Na segunda, foram impedidos de manobrar entre as 2h37 às 10h20, segundo a Docas, nove embarcações. Dessas, quatro eram porta-contêineres, três de granéis líquidos, um de carga geral e um de açúcar. Essa paralisação das operações causou uma perda de R$ 522.022,80 (US$ 159.640,00).
Ontem, os prejuízos somaram R$ 285.667,00 (US$ 87.360,00). Quatro embarcações deixaram de realizar manobras de entrada no cais santista entre 3h30 e 11h30. Dois são porta-contêineres, um navio de carga geral e um de granel líquido. Os demais, um de granel líquido e um graneleiro, seguiriam viagem.
O diretor executivo do Sindamar, José Roque, lembra que o prejuízo pode ser ainda maior, uma vez que, principalmente no caso dos porta-contêineres, os navios precisam navegar em maior velocidade para não prejudicar a programação da próxima escala. Assim, o cargueiro consome mais combustível, alterando complemente os gastos iniciais previstos.
Com a permanecência ou ausência não programada dos navios afetados no cais santista, os terminais também deixaram de realizar operações de embarque e desembarque da carga. O dinheiro perdido nesse intervalo, entretanto, não foi calculado pelo Sindicato dos Operadores Portuários Estado São Paulo (Sopesp).
Fonte: A Tribuna