Os caminhoneiros autônomos que transportam cargas para o Porto de Itapoá, no Norte catarinense, realizam manifestação por reajuste no valor do frete desde terça-feira (21). Nesta quarta (22), conforme a administração portuária, eles estavam reunidos em frente a um terminal de carga. O fluxo de entrada e saída do porto estava liberado.
Na terça-feira (21), cerca de 40 caminhões estavam no acostamento, no trevo que dá acesso à cidade, próximo ao porto, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina. O G1 tentou contato com o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e de Operações Logísticas de Joinville (Setracajo), mas não obteve resposta até a atualização mais recente desta notícia.
O Porto de Itapoá afirmou que alguns caminhoneiros não aderiram à paralisação e que, por isso, o terminal continua recebendo mercadorias e não havia sido afetado pela manifestação até 16h15 desta quarta.
Os motoristas autônomos querem um reajuste de 30% no valor dos fretes, mas os sindicatos patronais devem fazer uma proposta que pode chegar a 15%.
“Se aceitarmos, inevitavelmente vamos ter que encostar os caminhões. O reajuste não paga a manutenção e não dá para levar o pão para a casa”, disse o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Containeres e de Cargas em Geral de Itajaí e Região (Sintracon), Ademir de Jesus.
Ainda de acordo com o presidente, as empresas não estão levando em consideração o lucro dos caminhoneiros e nem ao menos o salário deles.
Negociações no estado
A negociação dos trabalhadores autônomos dura cerca de um mês e também tem adesão de paralisação em Itajaí, Navegantes e Itapoá. Entretanto, nessas cidades, não há ato organizado. Conforme o presidente do sindicato, a categoria representa 80% dos transportadores em atividade.
“Ontem [terça] as esposas aderiram a greve e fizeram um panelaço em Itajaí. Elas que gerenciam a conta da casa e sabem que não há como arcar com os custos sem reajuste”, disse Ademir.
Fonte: G1 via Brazil Modal