De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir), o Brasil emplacou, no primeiro quadrimestre de 2017, 15.409 implementos rodoviários. O número representou uma queda de 26,69% na comparação com o mesmo período de 2016, quando foram emplacadas 21.018 unidades.
“O desempenho no início do ano sempre sofre reflexos do mês mais curto, somado ao mês de mercado tradicionalmente mais fraco”, explica Alcides Braga, presidente da Anfir, referindo-se aos meses de fevereiro e janeiro, respectivamente. “Esse ano, porém, com a crise o resultado despencou. Praticamente a metade do desempenho registrado há dois anos”, completa o executivo.
O resultado negativo tem sido constante desde 2012. Nos primeiros quatro meses de 2015, a quantidade total de implementos rodoviários emplacados foi de 30.499. No ano anterior, 2014, haviam sido emplacadas 49.685 unidades. Os anos de 2013 e 2012 apresentaram 54.660 e 55.633 unidades. Já no primeiro quadrimestre de 2011 o resultado foi bastante expressivo, com 57.774 implementos emplacados.
O segmento de reboques e semirreboques também apresentou redução – de 18,77% – no primeiro quadrimestre de 2017 na comparação com o mesmo período de 2016. No total, foram emplacadas 6.615 unidades diante das 8.144 dos primeiros quatro meses do ano passado. Já o setor de carroceria sobe chassis teve queda de 31,69%, com 8.794 unidades emplacadas neste ano contra 12.874 de janeiro a abril de 2016.
No entanto, de acordo com a Anfir, alguns segmentos do mercado de reboques e semirreboques já começam a registrar variações positivas. Os primeiros equipamentos a apresentarem resultado superior ao do mesmo período do ano passado foram os baús para carga geral, os implementos para o transporte de toras, os baús frigoríficos e os baús lonados.
“Ainda é cedo para considerar que iniciamos a esperada recuperação, mas os números não deixam dúvidas de que alguns segmentos já estão respondendo bem”, analisa Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir. “A reação no segmento leve, de carrocerias sobre chassis, demora e acontece sempre em consequência da reação no setor pesado, de reboques e semirreboques”, conclui.
Fonte: Tecnologistica