A Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), concluiu o projeto-executivo da etapa estadual das obras que serão realizadas na entrada de Santos. Já os estudos da parte federal do empreendimento, que prevê um novo acesso ao Porto de Santos, ainda dependem da renovação de um convênio entre a Secretaria Estadual de Logística e Transportes e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a Autoridade Portuária.
Os dois órgãos vão se reunir na próxima segunda-feira, para debater os pontos que precisam ser inseridos no contrato. Com isso, o convênio será finalizado e a Dersa poderá concluir o projeto-executivo da parte portuária do empreendimento.
A obra terá a participação do Município, do Estado e da União. No total, a reformulação do sistema rodoviário da entrada de Santos deverá custar R$ 378 milhões, a serem divididos entre as três esferas do poder. As obras também serão divididas e cada ente ficou responsável pelos estudos e pela execução dos seus respectivos trabalhos.
De acordo com a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), com a conclusão do projeto-executivo da parte estadual, ele seguiu para análise das áreas técnica e jurídica do órgão. No entanto, não há previsão de quando será liberado o início dos trabalhos.
O Estado ficará responsável por três intervenções: a retificação da Pista Sul da Anchieta, com a interligação das vias marginais sob o novo viaduto do Km 65; a construção de um novo equipamento de conexão entre as marginais da rodovia, no bairro Piratininga; e a implantação de uma nova saída no Viaduto da Alemoa, sentido Planalto.
O projeto das intervenções que o Governo Federal fará nos acessos ao Porto ficou sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Logística e Transportes, a partir de um convênio assinado entre as partes. O acordo previa que os planos seriam elaborados pela Dersa, empresa do Estado. Mas o prazo dessa parceria terminou antes que o estudo fosse concluído – por isso a necessidade de renová-lo.
Na reunião da próxima segunda-feira, a ideia é avaliar o que deixou de ser cumprido no contrato anterior e o que deverá constar no projeto-executivo do empreendimento.
No acesso rodoviário à Margem Direita do complexo marítimo (que fica em Santos), foi proposta a construção, pela União, de uma alça no Viaduto da Alemoa a ser destinada aos caminhões que seguem da Rodovia Anchieta com destino ao cais. A ideia é que os veículos não precisem passar da faixa da direita para a da esquerda antes de acessar a passagem. Com essa intervenção, os caminhões que descem o Viaduto, com destino à Rodovia Anchieta, não terão de acessar a alça já existente e também não será necessária a troca de faixas.
Também está previsto um segundo viaduto de acesso ao Porto. Ele ligará a Avenida Augusto Barata (o Retão da Alemoa, a principal via da região) ao viaduto original. Isso eliminará a rotatória na via e os caminhões que estiverem saindo do Porto terão como opção todas as faixas da Avenida Augusto Scaraboto (continuação do Viaduto na Alemoa).
Município
A Prefeitura de Santos ficou responsável pela interligação em desnível da Avenida Nossa Senhora de Fátima, na Zona Noroeste, à Via Anchieta e pela interligação da Marginal Sul da rodovia com a Rua Júlia Ferreira de Carvalho, por meio de uma ponte a ser construída sobre o Rio São Jorge.
Fonte: A Tribuna via Brazil modal