Preferências de Privacidade

Ao visitar um site, informações podem ser armazenadas em seu navegador, principalmente na forma de cookies. Esses dados, sobre você, preferências ou dispositivo, são essenciais para o funcionamento do site. Embora não o identifiquem diretamente, proporcionam uma experiência web personalizada. Respeitamos sua privacidade e você pode optar por não permitir alguns cookies. Bloquear certos tipos pode impactar sua experiência no site e nossos serviços.

Sempre ativos

Essenciais para o funcionamento do site, esses cookies não podem ser desativados. Geralmente, são ativados em resposta às suas ações, como preferências de privacidade, login ou preenchimento de formulários. Embora seja possível bloqueá-los ou receber alertas, algumas partes do site podem não funcionar. Eles não armazenam informações pessoais identificáveis.

Sem cookies para exibir.

Esses cookies habilitam serviços essenciais e melhorias personalizadas, lembrando preferências como nome de usuário, região ou idioma. Podem ser definidos por nós ou por fornecedores externos. A desativação pode comprometer o funcionamento adequado dessas funcionalidades.

Sem cookies para exibir.

Os cookies analíticos são utilizados para compreender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas como o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Sem cookies para exibir.

Esses cookies medem visitas e fontes de tráfego, aprimorando o desempenho do nosso site. Identificam páginas populares, movimentação dos visitantes e mantêm informações anônimas. Sem esses cookies, perderemos o acompanhamento das visitas e do desempenho do site.

Sem cookies para exibir.

Estes cookies, provenientes de nossos parceiros de publicidade, criam perfis de interesses para exibir anúncios relevantes em outros sites. Embora não armazenem informações pessoais diretamente, dependem da identificação única do seu navegador e dispositivo. A desativação reduzirá a publicidade direcionada.

Sem cookies para exibir.

Head Office +55 11 5908 4050

ÁREA RESTRITA | CANAL DE DENÚNCIAS

Após Moody’s rebaixar nota da China, indústria brasileira reage

Após Moody’s rebaixar nota da China, indústria brasileira reage
25/05/2017

O rebaixamento da nota da agência Moody’s do grau de investimento da China teve impacto na indústria siderúrgica brasileira, com as ações da Vale caindo 2% na quarta-feira (24), o maior tombo diário dos papéis da mineradora em mais de duas semanas.

Especialistas ouvidos pelo G1 divergem sobre as consequências que a ação pode ocasionar no mercado internacional, em um momento que Pequim vinha ganhando protagonismo com o posicionamento mais protecionista dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, veem indícios de que o mercado de commodities brasileiro pode sofrer impactos a longo prazo, já que a China é um dos seus principais importadores de produtos como o minério de ferro, madeira, carne de frango “in natura” e petróleo.

Para Orlando Assunção, economista e professor de administração da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o rebaixamento “acende um sinal amarelo” para o investidor e deixa o mercado cauteloso com a incerteza do futuro do crescimento econômico chinês, o que pode ocasionar em um movimento constante de diminuição das importações. “Isso afeta o preço da commodity e, por consequência, as ações da Vale no Brasil, por exemplo”, disse.

Apesar dos impactos na indústria siderúrgica, “como houve um crescimento na China, mesmo menor que o esperado nos últimos anos, as pessoas começaram a demandar mais proteína, então o setor agrícola não sofrerá impactos e o país deve continuar importando do Brasil”, analisa o professor de economia da Faculdade Getúlio Vargas (FVG), Clemens Nunes.

A tentativa de Pequim em tentar reorientar sua economia, para Nunes, “é baseada no fomento ao consumo”, o que ocasionou, nos últimos anos, “uma expansão descontrolada do crédito” e, consequentemente, da dívida pública do país. “Para se recuperar, a China terá de reduzir a oferta de crédito, um importante instrumento de aceleração de crescimento”, disse.

Segundo relatório do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), as exportações para a China aumentaram mais de 500% entre 2005 e 2011, o que ajudou no crescimento do PIB brasileiro, apesar da crise de 2008.

Desaceleração Chinesa

A desaceleração da China começou por volta de 2011, quando Pequim passou a adotar um novo modelo econômico que prioriza o mercado interno em detrimento da produção industrial para exportação. Nos últimos anos, a segunda maior economia do mundo teve taxas de crescimento superiores a 10% que, nos últimos anos, mantiveram-se entre 6% e 7%.

Na quarta-feira (24), a Moody’s rebaixou a nota de investimento da China de Elevado (Aa3) para Médio Elevado (A1), pela primeira vez desde 1989, prevendo que a dívida interna do país irá subir ao mesmo tempo que a economia irá desacelerar.

A decisão da agência norte-americana ocorre em um momento em a China faz grandes esforços para controlar os riscos de grandes empréstimos que podem resultar em dívidas prejudiciais à sua estabilidade financeira. Em 2016, o montante da dívida pública chinesa equivalia a 260% de seu Produto Interno Produto (PIB).

“Há de se considerar que, apesar de ter desacelerado nos últimos anos, o crescimento da China ainda é elevado. Lembremos também que o país tem reservas estrangerias que chegam a U$3 trilhões, além de um setor privado que também vem crescendo”, disse Lourdes Casanova, doutora em economia da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos.

Já para Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, a desaceleração deve ser encarada como algo “natural”, fruto de um movimento internacional. “Isso não pode ser encarado como um problema, mas sim uma nova realidade que o mundo tem que incorporar. É impossível que o crescimento do país continuasse tão grande porque ela faz parte de um mercado global, que está instável”, disse.

*Sob supervisão de Marina Gazzoni

Fonte: G1