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Pela 4ª semana consecutiva, mercado financeiro prevê inflação maior em 2017

Pela 4ª semana consecutiva, mercado financeiro prevê inflação maior em 2017
14/08/2017

Previsões dos economistas começaram a subir após governo reajustar o preço dos combustíveis. Estimativa para o IPCA deste ano, divulgada nesta segunda (14) pelo BC, passou de 3,45% para 3,50%.

Os economistas do mercado financeiro subiram pela quarta semana consecutiva sua estimativa de inflação para este ano, informou nesta segunda-feira (14) o Banco Central, no relatório conhecido como Focus.

De acordo com o levantamento do BC, a inflação deste ano deve ficar, na média, em 3,50%. A pesquisa ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

No relatório anterior, feito com base nas previsões coletadas pelo Banco Central na semana retrasada, os economistas estimavam que a inflação ficaria em 3,45%.

A mudança na previsão de inflação deste ano teve início depois que o governo elevou a tributação de PIS/Cofins sobre combustíveis para tentar aumentar a arrecadação e alcançar a meta fiscal de 2017.

Embora os especialistas tenham ficado mais pessimistas, a nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.

Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação ficou estável em 4,20% na última semana. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.

PIB e juros

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento em 0,34%. Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram a estimativa de expansão da economia em 2%.

O mercado financeiro também manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 7,5% ao ano para o fechamento de 2017. Atualmente, a taxa está em 9,25% ao ano.

Ou seja, os analistas estimaram uma continuidade da redução dos juros neste ano.

Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic ficou estável em 7,5% ao ano. Com isso, previram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.

Câmbio, balança e investimentos

Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,25. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana ficou estável em R$ 3,40.

A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 subiu de US$ 60 bilhões para US$ 61 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 47,6 bilhões para US$ 48,5 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas subiu de US$ 75 bilhões para US$ 76,75 bilhões.

Fonte: G1