Complexo Portuário de Itajaí vem registrando movimentos significativos e expectativas podem projetar números ainda melhores para este ano.
O ano de 2017 encerrou com perspectivas positivas e sua continuidade pode ser apresentada nos três primeiros meses de 2018. Divulgados mensalmente pelo setor de Estatísticas da Superintendência do Porto de Itajaí, quesitos como tonelagem, contêineres movimentados e escalas de atracação de navios fizeram a diferença dando sequência aos avanços do ano anterior. Segundo o Superintendente do Porto de Itajaí, Engº Marcelo Werner Salles, eram números já esperados quanto às movimentações do Complexo e principalmente para o porto público:
“É fantástico o trabalho conjunto que vem sendo realizado com o operador portuário arrendatário APM Terminals. A própria mão de obra avulsa e a própria equipe do Porto Público envolvidos num plano de resgate das atividades, me fez lembrar das dificuldades que passamos em anos anteriores chegando ao ponto de termos zero “0” de toneladas em nossas instalações, por isso hoje, ter o número que temos é muito representativo. A velocidade que isto está crescendo é importante para nós, pois gera riquezas para a cidade e nos permite reiniciar as atividades portuárias que estavam estagnadas. Estamos num cenário positivo, e este número de 53% [toneladas movidas no trimestre] é importante, pois gera atividade econômica, receitas, e o mais importante, empregam trabalhadores.” abordou Marcelo.
Comparando o trimestre atual com o de 2017, o Complexo Portuário registrou o movimento de 2.993.284 toneladas, com um aumento de 1%. No mês de março deste ano, o cais público, junto ao APM Terminals (berços 1 e 2), destacaram um aumento significativo de TEU’s (Twenty Foot Equivalent Unit – unidade internacional equivalente a um contêiner de 20 pés de comprimento), quando comparado com o mesmo mês de março de 2017, passando de 16.596 para 33.703, gerando um aumento significativo de 53%.
De acordo com o setor de Estatísticas e Gerência de Operações da Superintendência do Porto de Itajaí, num dos itens do relatório, a comparação trimestral (jan/fev/março), referente ao ano de 2017 e 2018 nos berços públicos, 1 e da APM Terminals Itajaí, registrou um aumento de 50% de embarcações atracadas.
Mesmo com o atual cenário de embargo da Rússia à importação de carnes bovinas e suínas do Brasil, o número de exportações deste segmento continuam sendo o carro chefe das exportações catarinense, registrando uma queda de 17,5% e 27,7% (respectivamente) em comparação a março de 2017. Estas quedas não devem atingir significativamente o mercado catarinense e sua re-estabilização deve ocorrer nos próximos meses com a revogação da medida por parte do Ministério da Agricultura da Rússia.
O Terminal PORTONAVE registrou durante o mês de março 42 escalas de navios e no acumulado do trimestre 142 navios atracados. Movimentou ainda em março 678.542 toneladas e no trimestre 2.081.133 toneladas. Já no quesito movimentação de contêineres, março registrou 47.923 e no acumulado deste primeiro trimestre 144.675 unidades.
No Terminal BRASKARNE foram registrados duas escalas com 5.786 toneladas elevando a movimentação acumulada do trimestre para oito escalas com 38.538 toneladas verificando-se um crescimento de 55% na movimentação de cargas em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou cinco escalas com 24.819 toneladas movimentadas, observando-se um crescimento de 60% no número de escalas em relação ao mesmo período do ano anterior.
O Terminal portuário TEPORTI registrou quatro escalas com 6.607 toneladas elevando a movimentação acumulada do trimestre para quatro escalas com 16.687 toneladas, verificando-se um crescimento de 1% na movimentação de cargas em relação ao mesmo período do ano anterior, que totalizou sete escalas com 16.555 toneladas movimentadas, um crescimento de 1% no número de escalas realizadas.
Já no Terminal POLY TERMINAIS não ocorreram registros de escalas no período.
Num comparativo entre 2017 e 2018, os produtos mais exportados de março foram: Maçã (67,5%), Madeiras e Derivados (24,4%), Produtos Químicos (31,1%) e Fumo (61,4%). Nas mercadorias importadas o destaque de março foram: Plásticos e Borrachas (187,1%), Alimentos em Geral (55,5%) Madeiras e Derivados (15,3%), Mecânicos e Eletrônicos (23%).
Recentemente dados divulgados pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), através do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), as exportações catarinenses totalizaram US$ 1,95 bilhão no primeiro trimestre deste ano, com variação de 0,5% frente ao mesmo período de 2017. Em março as exportações catarinenses somaram US$ 770 milhões. Nas importações, o crescimento foi de 29,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, alcançando quase US$ 3,7 bilhões, fazendo com o Estado de Santa Catarina responda por 9,1% das compras vindas do exterior.
De acordo com o setor de Estatísticas e Gerência de Operações da Superintendência do Porto de Itajaí, o aumento dos números já era aguardado desde o segundo semestre de 2017, onde também já eram previstas a finalização de obras do berço 03 e andamento das obras da primeira etapa da Bacia de Evolução, ao qual está prevista para ser concluída ainda neste primeiro semestre de 2018. A dragagem de manutenção da nova área permitirá em poucos meses o acesso de navios de até 366 metros de comprimento e 51 metros de boca (largura), permitindo receber maior movimentação de escalas, estimulando ainda mais a economia de Santa Catarina, e assim inserir o Complexo Portuário de Itajaí no mercado de concorrência portuário do Brasil.
Segundo Heder Cassiano Moritz, Técnico em Nível Superior da Superintendência do Porto de Itajaí, o balanço do trimestre foi positivo, se mantendo nas projeções de 2017, “Nosso fechamento de março ficou dentro da nossa expectativa, que era exatamente manter a recuperação na movimentação em relação ao mesmo período do ano passado. O trimestre fechou de forma positiva, principalmente na margem direita com a APM Terminal, que houve uma recuperação de movimentação muito acentuada, também proporcionando uma grande movimentação nas áreas de armazenagem, sendo muito bom para esta operação de retomada. Isso gera um aumento de nível de atividades, gerando condição da mão de obra avulsa (TPA’s), aumentando sua participação e consequentemente gerando mais ganhos para esta atividade ligada ao Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). Também toda cadeia logística que envolve a movimentação de carga, transporte e armazenagem acabou tendo um aumento na participação, traduzindo em ganhos para todos os segmentos que envolvem a atividade portuária. A tendência é poder continuar nos próximos meses mantendo esse nível de operação, possibilitando um crescimento maior, pois em breve já podemos contar com operações no Berço 3, da área pública do Porto de Itajaí.“ conclui Heder.
Fonte: Porto de Itajaí via Brazil Modal / Foto: Porto de Itajaí