As instalações portuárias brasileiras, que incluem terminais públicos e privados, movimentaram 295,2 milhões de toneladas no terceiro trimestre do ano. O volume é 3,7% maior do que o operado no mesmo período do ano passado, e ainda representa um aumento de 11 milhões de toneladas no comparativo entre os períodos.
Nos terminais públicos de Santos, houve pequena queda de 2,8% das operações entre julho e setembro.
Os números integram o levantamento produzido pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho (GEA) da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A movimentação de mercadorias nos portos públicos se manteve praticamente estável, com ligeiro aumento de 0,4% em relação ao mesmo trimestre de 2017. O índice representa um ganho pouco expressivo quando comparado à evolução do terceiro trimestre entre 2016 e 2017, quando houve acréscimo de 9,6%.
Os portos públicos movimentaram 98,8 milhões de toneladas, com uma participação de 33,5% do total de cargas operadas. Entre as mercadorias de maior destaque no terceiro trimestre, estão minério de ferro (110,6 milhões de toneladas, aumento de 9,1%), petróleo e derivados (50,7 milhões de toneladas, acréscimo de 1,8%) e os produtos conteinerizados (29,8 milhões de toneladas, crescimento de 3,5%).
A soja foi a quarta carga mais movimentada no país, com 21,8 milhões de toneladas e alta de 28,6% no período. Também merecem destaque os carregamentos de milho (13,4 milhões de toneladas, com queda de 32,4%).
Líder na operação de cargas no ranking dos portos públicos, Santos escoou 28,6 milhões de toneladas entre julho e setembro, queda de 2,8% referente ao terceiro trimestre de 2017. O cenário deve-se, em parte, aos embarques de açúcar, que tiveram uma queda de 31,9% no trimestre.
Em relação às cargas dos terminais arrendados no Porto, as mercadorias conteinerizadas e o milho lideraram, somando 14,9 milhões de toneladas no terceiro trimestre de 2018, 52% de toda a movimentação do complexo no período.
De acordo com o levantamento da Antaq, no Porto de Santos, somando as movimentações de contêineres em terminais públicos, foram operadas 847.662 TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) no terceiro trimestre. O volume é 8,95% maior do que o registrado no mesmo período de 2017 (778.008 TEU).
Para o gerente da GEA, Fernando Serra, o resultado reflete a capacidade do setor para atender às demandas do setor. “Esse crescimento mostra que os portos brasileiros, apesar dos problemas conhecidos sobre infraestruturas de acesso, ainda possuem capacidade para suportar o crescimento das cargas domésticas e das exportações e importações brasileiras”, observou.
Privados
Nos portos privados, o resultado também se mostrou positivo, com aumento de 5,5%, quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado. Foram 196,4 milhões de toneladas, com uma participação de 66,5% no total nacional.
Fonte: A Tribuna