Líder em contêineres no Norte/Nordeste, com 454.721 TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés) movimentados em 2018, o Complexo Industrial Portuário de Suape está ainda mais competitivo nesse segmento. Estudos recentes da Universidade de São Paulo (USP) comprovaram a viabilidade do ancoradouro pernambucano para receber os navios regulares porta contêineres de maiores dimensões disponíveis na América do Sul (classe SAMMAX, de até 336 metros de comprimento, 48 metros de largura e calado máximo de 14,5 metros), como também embarcações previstas para chegar ao País no início do próximo ano (NEW PANAMAX, de 366 metros de comprimento, 52 metros de largura e calado máximo de 15,2 metros).
“A indústria naval vem se aprimorando e precisamos acompanhar esse desenvolvimento. Receber esses megaconteineiros é condição primordial para que Suape exerça sua vocação de hub port no segmento. E as parcerias com a Praticagem de Pernambuco e a Capitania dos Portos de Pernambuco vêm sendo fundamentais para habilitar o porto nesse processo. Conseguimos provar a viabilidade de receber as embarcações e agora só faltam alguns procedimentos, como treinamento dos práticos e aprimoramento de sistemas de tecnologia, questões que resolvemos rapidamente”, destaca o presidente do complexo, Leonardo Cerquinho.
Até então, Suape está apto a receber navios de contêiner de até 305 metros de comprimento e 48 metros de largura, com capacidade de até 8 mil TEUs. A classe SAMMAX tem capacidade de 9,7 mil TEUs e a NEW PANAMAX, de 14 mil TEUs. A Marinha do Brasil avaliará as condições para utilização das embarcações de maior porte (climáticas e de infraestrutura) antes de autorizar a operação.
A novidade é uma das vantagens competitivas que o porto apresenta na 25ª edição da Intermodal South America, maior feira internacional de logística, transporte de cargas e comércio exterior, que acontece desta terça-feira (19) até quinta-feira (21), em São Paulo. É fundamental, inclusive, para o maior projeto de arrendamento portuário em curso no Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) do Governo Federal: o segundo terminal de contêineres (Tecon II). O New Panamax é o navio projeto do Tecon II, ou seja, o mais adequado para operar no local.
O edital de licitação do terminal deve ser lançado ainda neste semestre e o leilão deve ocorrer no segundo semestre. O equipamento mais que dobrará a capacidade do terminal atual, de 700 mil TEUs, para 1,7 milhão de TEUs e deve receber investimentos de R$ 1,2 bilhão. Ele terá 770 metros de cais e dois berços de atracação, numa área de 269 mil metros quadrados, com possibilidade de expansão de mais de 160 mil metros quadrados. O contrato de arrendamento será de 25 anos, prorrogável até 70 anos, e seu valor global estimado é de R$ 5,495 bilhões.
Há inúmeras outras vantagens competitivas que fazem o Porto de Suape manter a liderança nacional na cabotagem e na movimentação de granéis líquidos, entre os 30 portos públicos do País, assim como na movimentação total entre os portos públicos do Norte e Nordeste, com 23,4 milhões de cargas movimentadas em 2018, ficando em 5º lugar no ranking de movimentação entre os portos nacionais.
A posição estratégica é uma delas. O ancoradouro está a um raio de 800 quilômetros de sete entre as nove capitais do Nordeste e de 12 aeroportos (seis internacionais), com linhas diretas para países da Europa, América do Sul e do Norte. Seu porto interno tem profundidade entre 12 e 15,5 metros e o externo, de 15,5 a 20 metros. Além disso, é um porto abrigado com assoreamento mínimo e mantém um prédio da Autoridade Portuária, que concentra todos os órgãos intervenientes no local, o que reduz o tempo de liberação de navios e cargas. O espaço de Suape na Intermodal fica na Rua 10, estande 30.
Fonte: Porto de Suape via Brazil Modal
Foto: Tecon Suape