Comércio Exterior
Um acordo assinado na OMC na última semana entre o Brasil e a União Europeia poderá aumentar em R$ 250 milhões as exportações nacionais anuais para o bloco econômico. O acordo estabelece o aumento das quotas de importação de açúcar e de carnes de frango e de peru que entram no bloco econômico com tarifa reduzida. No caso do setor sucroalcooleiro, além de elevar a quota de importação com tarifa reduzida em 114 mil toneladas de açúcar por ano, o Brasil poderá exportar o produto com tarifas mais baixas que as atuais por sete anos.
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$1,51 bilhão na terceira semana de julho, segundo o MDIC. O valor é resultado de exportações de US$4,40 bilhões e importações de US$2,98 bilhões no período. No mês de julho, a balança comercial acumula superávit de US$2,99 bilhões e, no ano, tem saldo positivo de US$26,65 bilhões.
Navios, portos, terminais & infraestrutura relacionada
O Porto de Paranaguá movimentou 24,1 milhões de toneladas em cargas no primeiro semestre deste ano, volume que representa aumento de 35,42% em relação aos 17,8 milhões de toneladas registrados no mesmo período de 2010, ano em que se iniciou uma corrente contínua de crescimento na movimentação do porto. O principal destaque das exportações deste ano é o embarque de veículos, que aumentou em 135% nos seis primeiros meses. Em 2015 foram exportadas 17.561 unidades de veículos. Já em 2016, o número de unidades exportadas saltou para 41.326.
Um incêndio atingiu uma torre e algumas esteiras do terminal da Rumo Logísitca, localizado na margem direita do Porto de Santos, na última quinta-feira (14/07). De acordo com a empresa proprietária, não houve vítimas ou qualquer dano causado na estrutura do terminal ou nas cargas movimentadas. As operações no local foram suspensas durante o período da manhã, mas retomadas normalmente no início da tarde do mesmo dia.
O Porto de Pecém movimentou 4.284.826 toneladas de cargas no primeiro semestre deste ano, volume que representa crescimento de 9% em relação ao mesmo período de 2015. Em junho, a movimentação foi 96% maior do que em igual mês do ano anterior, totalizando 913.095 toneladas. Segundo a Cearáportos, administradora do porto, o crescimento está relacionado a finalização das obras da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) e investimentos realizados no terminal.
A superintendência do Porto do Rio Grande informou que o complexo portuário teve o melhor primeiro semestre de sua história em 2016. Ao todo, foram movimentadas 19,27 milhões de toneladas no período, crescimento de 8,3% em relação aos números atingidos em 2015. A carga geral aparece como principal destaque na movimentação do porto, com crescimento de 37% na mesma comparação, chegando a 5,1 milhões de toneladas no período.
Embarcadores e cargas
Foi aprovada na Argentina uma nova lei que oferece incentivos fiscais às montadoras de veículos que derem preferência à compra de autopeças locais. A lei prevê redução de impostos federais sobre veículos fabricados com pelo menos 30% de componentes produzidos no país. Nesse caso, o crédito será de 4%, mas pode chegar a 15% se o conteúdo local alcançar 50%. De janeiro a maio deste ano, o Brasil exportou US$744,3 milhões em autopeças para o país vizinho, aproximadamente 27% do total embarcado pelo setor.
O Brasil exportou 31.134 motocicletas no primeiro semestre deste ano, número que representa aumento de 70,7% em relação ao mesmo período de 2015. De acordo com o órgão Abraciclo, o crescimento foi impulsionado principalmente pela recuperação do mercado argentino, principal destino das exportações. Colômbia, Austrália e Estados Unidos também aparecem como destaques entre os principais compradores.
As exportações brasileiras de medicamentos tiveram queda de 13,8% no período compreendido entre junho de 2015 e maio de 2016, passando de R$1,2 bilhão para R$ 1 bilhão. Já as importações, diminuíram 9,4%, chegando a R$5,9 bilhões. A redução no déficit da balança comercial referente à carga foi de 8,4% na mesma comparação, mas o resultado deve-se muito mais a diminuição nas importações do que aumento das exportações, que não houve.
A balança comercial brasileira de lácteos registrou, no primeiro semestre deste ano, um déficit de US$ 205,9 milhões, número duas vezes maior que o verificado em todo o ano de 2015, quando o déficit foi de US$100 milhões. Em 2016, foram exportados US$62,7 milhões em lácteos e importados US$268,6 milhões. A escassez de leite no mercado doméstico por conta da redução da produção tem elevado o preço da commodity, tornando o produto importado mais competitivo.
A balança comercial do setor mineral brasileiro registrou superávit de US$7,8 bilhões no primeiro semestre deste ano, com exportações de US$16,7 bilhões e importações US$8,9 bilhões. As exportações do setor representaram 15,5% do total embarcado pelo país até o momento.