A presidenta da República, Dilma Rousseff, inaugurou a usina hidrelétrica de Belo Monte, localizada no município de Altamira, sudoeste do Pará. Participaram da cerimônia o ministro de Minas e Energia, Marco Antonio Almeida, o secretário de Energia Elétrica, Ildo Grüdtner, e o secretário-adjunto de Planejamento e Desenvolvimento Energético, Moacir Bertol.
Em seu discurso, Almeida destacou pontos que ele considera emblemáticos da obra da usina, como o intenso debate que ocorreu desde a década de 1980, com episódios de repercussão nacional e internacional, em torno da construção de Belo Monte; sua capacidade instalada, que a torna a segunda maior usina do Brasil e a terceira maior hidrelétrica no mundo; e seu reduzido impacto ambiental em comparação à energia elétrica que será capaz de gerar.
O ministro também apontou os benefícios sociais de Belo Monte para a população do entorno da usina. “Essa obra é emblemática pelo aspecto social que ela trouxe, pela mudança social que ela trouxe. Pela dimensão da cidadania que ela implementou para essa população, pelos programas de alcance em toda a área de influência dessa usina e até além, pelas inúmeras famílias que já se beneficiaram, com benefícios trazidos por esses programas sociais. Famílias que viviam em condições inadequadas foram realocadas, escolas, hospitais, postos de saúde, que de segurança já foram disponibilizados. E ainda muito deverá ser feito”, afirmou o ministro, que destacou que as comunidades e municípios receberão os benefícios fruto das parcerias criadas a partir da construção da usina até 2045.
Os investimentos aqui em Belo Monte vão propiciar, pelo aproveitamento dos recursos hídricos, cerca de R$ 224 milhões ao ano de pagamento de royalties, de acordo com Almeida. “Esse montante certamente contribuirá para melhorar a condição de vida e para manter os benefícios que foram concedidos”, afirmou.
A geração de empregos com a construção da obra foi outro benefício propiciado à região. Almeida apontou que, no total, 146 mil pessoas foram empregados na obra, proporcionando qualificação profissional para a região.
Construída no rio Xingu e com capacidade instalada de 11.233,1 MW, Belo Monte terá carga suficiente para atender 60 milhões de pessoas em 17 estados, o que representa cerca de 40% do consumo residencial de todo o País.
Duas turbinas já começaram a gerar energia comercialmente desde abril, uma localizada na Casa de Força Principal, no Sítio Belo Monte, e a outra, na Casa de Força Complementar, no Sítio Pimental. Juntas, adicionam 649,9 MW ao Sistema Interligado Nacional (SIN), operação também autorizada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A usina de Belo Monte foi leiloada, em 2010, por R$ 25,8 bilhões para a empresa Norte Energia S.A, responsável pela construção e operação da hidrelétrica. A usina atingirá seu pleno funcionamento em 2019.
Fonte: Ministério de Minas e Energia via Brazil Modal