Os recentes investimentos realizados pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) vão garantir a eficiência logística dos portos paranaenses nos próximos anos, quando a economia brasileira enfrentará desafios para sua retomada.
Este foi um dos diagnósticos feitos no Fórum Plano Emergencial para o Futuro da Infraestrutura no Brasil, realizado em Curitiba. Com a possível contenção dos gastos públicos no Brasil todo, especialmente nos projetos de infraestrutura, o repontenciamento já realizado pelos Portos do Paraná ao longo dos últimos seis anos os deixa em uma situação diferenciada perante os demais.
“O governo do estado e a Appa investiram R$ 511,9 milhões ao longo dos últimos anos e têm mais R$ 423 milhões programados até 2018. Agora, neste período de retomada, temos esta vantagem de já termos nos antecipado e realizado estes aportes”, afirma o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho.
Segundo o consultor e PhD em economia pela universidade de Yale, Raul Velloso, as propostas de austeridade financeira do poder público vão limitar os investimentos em infraestrutura em todo o país e será preciso recorrer à iniciativa privada. “O investimento privado é fundamental e os entes públicos precisam se mobilizar para atrair estas parcerias”, explica.
Em Paranaguá, esta é uma receita que já está sendo seguida. “Fizemos a nossa parte e, agora, abrimos um portfólio de oportunidades de investimentos para a iniciativa privada. Ao todo, estão previstos aportes de R$ 5,1 bilhões em projetos portuários e de infraestrutura até 2030 no Paraná”, afirma o diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.
Entre os investimentos estão R$ 1,4 bilhão em novos Terminais de Uso Privado, R$ 1,2 bilhão em arrendamentos do Programa de Investimentos em Logística (PIL), R$ 960 milhões em renovações antecipadas de áreas, R$ 820 milhões em contratos de passagem e R$ 700 milhões em rearrendamentos de áreas públicas ocupadas.
MUTIRÃO – Além dos investimentos públicos e privados realizados e previstos nos últimos anos, no evento também foi detalhado o plano emergencial implementado pela Appa em 2012, no qual foram diagnosticados os problemas de curto prazo e os desafios futuros.
“O destravamento da infraestrutura no Brasil depende de um mutirão de todos os entes envolvidos. Em Paranaguá, conseguimos realizar ações que solucionaram os problemas mais emergenciais para, na sequência, planejar o porto para os 30 anos seguintes”, afirmou Dividino.
Este pacote de ações foi reconhecido pelo setor produtivo, que é o principal usuário e beneficiário dos Portos do Paraná. “Se existem uma série de gargalos em que o Brasil se mostra muito atrasado de um modo geral, um bom exemplo para a superação disso é o que foi feito no Porto de Paranaguá nos últimos anos”, disse o assessor técnico e econômico da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo.
Fonte: APPA via Brazil Modal