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Após 6 quedas seguidas, mercado sobe estimativa de inflação para este ano

Após 6 quedas seguidas, mercado sobe estimativa de inflação para este ano
09/10/2017

Previsão dos analistas para o IPCA de 2017 avançou de 2,95% para 2,98% na semana passada. Mas, para 2018, mercado prevê menos inflação e mais crescimento econômico.

Após seis semanas seguidas de queda, economistas do mercado financeiro ouvidos pelo Banco Central na semana passada subiram a estimativa para a inflação em 2017.

De acordo com o relatório conhecido como “focus”, divulgado nesta segunda-feira (9) pelo BC, a inflação deste ano deve ficar em 2,98%, na mediana. No relatório anterior, os economistas estimavam que ela ficaria em 2,95%.

A previsão subiu após a inflação de setembro ter ficado um pouco acima das estimativas dos analistas.

Mesmo com o aumento, a previsão segue abaixo da meta central para a inflação em 2017, de 4,5%, que precisa ser perseguida pelo Banco Central. Além disso, a inflação estimada pelo mercado para este ano também continua abaixo do piso de 3% do sistema brasileiro de metas.

Se a expectativa se confirmar, será a primeira vez que a inflação ficará abaixo do piso do regime de metas, que começou em 1999.

A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

Pelo sistema brasileiro, a meta central é de 4,5% para este ano e para 2018, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo, de modo que a inflação pode ficar entre 3% e 6% sem que a meta seja formalmente descumprida.

No caso da inflação para 2018, entretanto, a previsão do mercado recuou de 4,06% para 4,02% na última semana. Foi a sexta redução consecutiva. Com isso, a estimativa do mercado continua abaixo da meta central, mas dentro da banda do sistema de metas (entre 3% e 6%).

PIB e juros

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento estável em 0,70%. Já para 2018, os economistas das instituições financeiras elevaram a estimativa de expansão do PIB, de 2,38% para 2,43%. Foi a quinta alta seguida na estimativa.

O mercado financeiro também manteve sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, que deve encerrar 2017 em 7% ao ano. Atualmente, a taxa está em 8,25% ao ano.

Ou seja, os analistas continuaram estimando uma redução dos juros neste ano. Se o patamar previsto de 7% ao ano for atingido no fim de 2017, esse será o menor nível já registrado (até então a menor taxa era de 7,25% ao ano).

Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic também ficou estável em 7% ao ano. Com isso, continuaram prevendo que os juros ficarão estáveis no ano que vem.

Câmbio, balança e investimentos

Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2017 permaneceu em R$ 3,16.

Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana ficou estável em R$ 3,30.

A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2017, subiu de US$ 62 bilhões para US$ 63 bilhões de resultado positivo.

Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit avançou de US$ 50 bilhões para US$ 50,8 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões.

Fonte: G1