O ministro Marcos Pereira acompanhou, nesta quinta-feira, em Pequim, uma rodada de reuniões do presidente Michel Temer com empresários chineses. A comitiva presidencial esteve com representantes da Huawei, HNA e China Three Gorges e State Grid. Temer apresentou o programa de concessões e privatizações do governo federal aos investidores chineses.
Como destacou Marcos Pereira, as reformas estruturantes no país, como a aprovação do teto para os gastos públicos, a modernização da legislação trabalhistas e a reforma previdenciária, favorecem a atração de investimentos externos. “Estamos trabalhando para desburocratizar o país. A reforma trabalhista foi recebida positivamente pelos investidores, pois traz mais segurança jurídica e estabilidade. Esta é a agenda do governo. A agenda da reforma e da desburocratização”, disse.
O ministro cumprirá agenda oficial na China até dia 5 de setembro. Em Pequim, ele acompanhará Temer em reuniões de trabalho com o presidente chinês Xi Jinping, o primeiro-ministro do país e o presidente da Assembleia Popular Nacional. Marcos Pereira também renovará um Memorando de Entendimento (MoU) celebrado entre o Inmetro e a AQSIQ (Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena).
No sábado (2/9), o ministro irá participar do Seminário de Oportunidades de Investimentos, organizado pela Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).
Encerrada a agenda em Pequim, a comitiva presidencial seguirá para Xiamen, onde acontecerá a reunião de cúpula do BRICS.
Intercâmbio comercial
A China é o principal parceiro comercial do Brasil. De janeiro a julho deste ano, a balança comercial com o país asiático foi superavitária em US$ 16,3 bilhões.
Nesse período, as exportações brasileiras para a China cresceram 33,1% em relação a 2016, passando de US$ 23,1 bilhões pata US$ 30,8 bilhões. Trata-se do primeiro destino das exportações do Brasil, com 24,3% do total.
A pauta de exportações é composta por produtos básicos (88,4%), seguida de semimanufaturados (8,3%) e manufaturados (3,2%). Entre os principais produtos vendidos para China estão soja (48,3% do total), minérios de ferro (20%) e óleos brutos de petróleo (15,6%).
Em relação às importações da China, houve, de janeiro a julho deste ano, um crescimento de 11,6%, passando de US$ 12,9 bilhões para US$ 14,5 bilhões. O país é, atualmente, o segundo principal fornecedor estrangeiro do Brasil.
Os principais produtos comprados da China são circuitos internos e parte para aparelhos de telefonia (5,3% do total), partes de aparelhos transmissores ou receptores (4,4%) e circuitos integrados e microconjuntos eletrônicos (3%).
Fonte: MDIC via Brazil Modal