Os preços dos contratos futuros do petróleo subiram depois que os EUA dispararam mísseis contra uma base aérea da Síria após o recente ataque com armas químicas.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros do WTI para entrega em maio eram negociados em US$ 52,63 o barril, alta de 1,9%, na sessão eletrônica Globex, enquanto o Brent para junho subiu 1,8%, para US$ 55,87 o barril, na Bolsa ICE Futures, de Londres. Os preços costumam saltar quando as tensões aumentam no Oriente Médio, onde quase 40% do petróleo bruto do mundo é produzido.
A possibilidade de destruição de campos petrolíferos e oleodutos na região causa preocupação por causa do risco de redução da oferta. Por agora, isso pode ser benéfico, uma vez que o mercado está lutando contra o excesso. No entanto, a Síria é um minúsculo produtor de petróleo e, a menos que o ataque aéreo aumente a tensão entre a Rússia e os EUA, não afetará significativamente o fornecimento global de petróleo, disse Gordon Kwan, chefe de pesquisa de gás e petróleo da Nomura.
“Nós mantemos nossas metas de preços do petróleo Brent entre US$ 60 e US$ 70 para 2017 e 2018, respectivamente, com base em fundamentos em vez de especulações geopolíticas”, acrescentou Kwan.
Os comerciantes de petróleo também estão olhando para os fundamentos do mercado, que ainda estão em um estado inchado com os estoques de petróleo dos EUA em novos recordes em meio à forte produção doméstica.
Ainda assim, o Oriente Médio “é o lar da maioria dos países da Opep, e todos os olhos estão fixados agora sobre como o cartel prosseguirá com o plano de cortar mais a produção”, disse Vivek Dhar, estrategista de commodities do Commonwealth Australia Bank. O cartel deve tomar uma decisão sobre a extensão das atuais reduções no fim de maio.
O próximo dado a que o mercado ficará de olho é o relatório semanal das sondas de exploração de petróleo em atividade nos EUA que a empresa de serviços Baker Hughes divulgará ao meio-dia desta sexta-feira.
Fonte: Portos e Navios