O dólar abriu em alta nesta segunda-feira (7), em sintonia com o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior em dia de agenda esvaziada.
Às 10h18, a moeda dos EUA subia 0,50%, a R$ 3,5412 na venda. Veja mais cotações.
Na sexta-feira, a divisa fechou cotada a R$ 3,5235, acumulando alta de 1,76% na semana. No ano, o avanço acumulado já é de 6,34%.
Na edição desta semana do relatório Focus, do Banco Central a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,35 para R$ 3,37 por dólar. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,40 por dólar.
Cenário externo e interno
“O dólar segue o mercado externo e a perspectiva é que lá fora a moeda norte-americana continue forte. O noticiário não foi suficiente para acalmar”, afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer, referindo-se à decisão do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, sobre política monetária e dados mais fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano, ambos na semana passada.
Os mercados globais continuavam temerosos que o Fed possa elevar mais os juros diante de sinais de atividade econômica mais forte e inflação. Taxas elevadas têm potencial para atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outros mercados financeiros, como o brasileiro.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e já havia batido o nível mais alto deste ano, com investidores apostando que o aumento da taxa de juros dos Estados Unidos elevaria a moeda norte-americana.
Como pano de fundo, os investidores seguiam de olho no noticiário político local, a poucos meses das eleições presidenciais deste ano.
O Banco Central realiza nesta sessão novo leilão de swap cambial tradicional – equivalente à venda futura de dólares – com oferta de até 8.900 contratos para rolagem do vencimento de junho.
Se mantiver esse volume até o final do mês, o BC terá rolado integralmente os US$ 5,650 bilhões que vencem no mês que vem e terá vendido US$ 2,8 bilhões adicionais.
Fonte: G1 *Com Reuters