O que puxou o resultado, principalmente, foram as exportações de granéis sólidos, com 632,6 milhões de toneladas transportadas, o que representa alta de 7,2%. O destaque foi para o minério de ferro, cuja movimentação aumentou 5,2% e chegou a 400 milhões de toneladas. Granéis líquidos, como combustíveis, tiveram baixa de 2,3%. A movimentação de contêineres também caiu, 1,1%. Já a de carga solta subiu 5,71%.
“Tivemos o câmbio mais favorável à exportação de commodities e o setor é muito impactado por minério de ferro e granéis vegetais. Ainda que os preços das commodities estejam baixos no mercado internacional, quando você tem um câmbio mais favorável às vendas externas, incrementa o negócio”, avalia o diretor-geral da Antaq, Mario Povia. Ele também cita os bons resultados do agronegócio e mudanças na infraestrutura, que ajudaram a melhorar o desempenho. “Ferrovias sendo entregues, rodovias duplicadas, os próprios terminais portuários estão modernizando suas instalações. Nós estamos mais eficientes em termos de logística, ainda que longe do ideal”, complementa.
No ano passado, houve 7,7% menos atracações em portos brasileiros. Mas o dado, conforme Mario Povia, é positivo. “Isso significa que tivemos navios maiores, por causa dos calados com maior profundidade. Melhoramos a nossa produtividade”, afirma.
Os TUPs (Terminais de Uso Privado) responderam por 65% do total de cargas transportadas, 5% mais que no ano passado. Já os portos públicos movimentaram 35%, com resultados pouco maiores que os de 2014. O crescimento foi de apenas 0,6%.
No longo curso, foram 752,4 milhões de toneladas de cargas movimentadas (que equivale a 3,8% do total no mundo), 5,4% mais que em 2014. A cabotagem aumentou apenas 1,7%. A navegação interior movimentou 85,5 milhões de toneladas, com alta de 2,84%. As exportações somaram 610 milhões de toneladas e as importações alcançaram 142 milhões. Financeiramente, isso representou US$ 191 bilhões e US$ 171 bilhões, respectivamente.
Fonte: Transporta Brasil