Com data marcada para 10 de maio, os profissionais da Marinha Mercante estão ameaçando realizar uma “greve gradual” contra a possibilidade de venda da Transpetro, subsidiária da Petrobras para a área de transportes. Os profissionais alegam “que a eventual venda da companhia colocaria em risco seus postos de trabalho”. Segundo o Sindicato, SINDMAR (Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante)) a proposta será analisada em assembleia na próxima quarta-feira (4).
De acordo com a nota divulgada pelo Sindicato, a venda colocaria em risco “cerca de 2,2 mil profissionais que tripulam os seus 52 navios”. Oficialmente, a Transpetro ainda não foi incluída no plano de venda de ativos da Petrobras, mas o diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, disse em janeiro que estaria avaliando possibilidades de negócio com a empresa. A empresa também não comentou sobre o assunto ainda.
De acordo com a nota trabalhadores e a empresa já chegaram a um acordo com relação ao reajuste salarial, que prevê aumento de 9,93%. “A greve, portanto, seria política”, disse o Sindmar, em nota. A entidade que representa a categoria, lembrou ainda “que a subsidiária é lucrativa. E, uma vez que o problema do Sistema Petrobras é fazer caixa, a empresa não deveria constar dos ativos a serem alienados dentro do plano de desinvestimento do grupo”.
Em comunicado para os marítimos, o Sindmar estabelece as regras para a greve, que chama de progressiva, com a adoção de novos procedimentos a cada três dias. Entre os procedimentos, estão a restrição das vazões de carga e descarga dos navios, a redução da velocidade dos navios e a suspensão de operações em período noturno.
Fonte: Guia Marítimo