O governo pretende licitar até o fim de 2018 mais 17 áreas portuárias que somam R$ 2,5 bilhões em investimentos. Os próximos leilões serão em setembro, sendo uma área em Santos (SP) para granéis líquidos, uma no porto de Santana (AP) para cavaco de madeira, e uma em Miramar (PA) para GLP. Esta última licitação está a cargo da Companhia Docas do Pará (CDP).
Em novembro, o governo leiloa a área em Santos hoje ocupada pela Pérola destinada à movimentação de granéis como fertilizantes e sal. A empresa tem entre os acionistas a Rodrimar, alvo do inquérito que apura irregularidades na edição do Decreto dos Portos.
Outras três áreas serão colocadas em consulta pública e nos próximos dias o governo encaminha ao Tribunal de Contas da União (TCU) mais dez áreas para arrendamento. Diante da greve dos caminhoneiros, que expôs a carência de armazenagem de combustíveis no país, o governo vai se debruçar sobre a licitação de terminais que estocam esse tipo de carga, disse o diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski. Por isso, três das áreas que vão para o TCU são para líquidos, no porto de Cabedelo (PB).
Além disso, o governo está negociando a prorrogação antecipada de três contratos mediante novos investimentos.
O diretor do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) responsável pela área portuária, Diogo Piloni, afirmou que desde a nova Lei dos Portos, de 2013, há três frentes de investimentos. Em terminais de uso privado, os chamados TPUs; em prorrogações antecipadas de arrendamentos; e em novas licitações.
As duas primeiras frentes somaram investimentos de R$ 30 bilhões, mas a terceira está deslanchando agora. “Vamos trabalhar para que todos esses leilões sejam feitos ainda neste ano, mas eventualmente algum pode ficar para janeiro”, afirmou Piloni.
Fonte: Valor via Portos e Navios
Foto: Divulgação Codesp