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Dólar fecha a R$ 3,31 e acumula alta de 1,99% no ano

Dólar fecha a R$ 3,31 e acumula alta de 1,99% no ano
29/12/2017

Moeda dos EUA avançou 0,08% nesta quinta, a R$ 3,3144 na venda.

O dólar fechou em leve alta ante o real nesta quinta-feira (28), em linha com o desempenho da moeda norte-americana no exterior e influenciado pela formação da última Ptax de 2017, em meio ao baixo volume de negócios devido às festas de final de ano.

A moeda dos EUA subiu 0,08%, vendida a R$ 3,3144.

Com isso, a moeda norte-americana terminou a semana com queda de 0,60% e se valorizou 1,31% ante o real em dezembro, fechando o ano com alta acumulada de 1,99%. Em 2016, a divisa caiu 17,96% ante o real. Já em 2015 saltou 48,4% em meio ao processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A Ptax é uma taxa calculada mensalmente pelo Banco Central, usada para corrigir diversos contratos cambiais e os investidores tendem a puxar as cotações para seus interesses. No fechamento, a taxa ficou a R$ 3,3074 para compra e a R$ 3,308 para venda.

Nas casas de câmbio, o dólar turismo era negociado nesta quinta a partir de R$ 3,43.

No exterior, o dólar chegou a cair para a mínima de quatro semanas contra uma cesta de moedas, diante do cenário econômico nos Estados Unidos menos certo após a aprovação de cortes tributários.

Na cena nacional, a reforma da Previdência permanecia no radar, diante dos esforços do governo Michel Temer para angariar apoio político de deputados mesmo durante o recesso parlamentar.

Alta no ano e estimativas para 2018

Entre as principais influências nos mercados de câmbio e ações deste ano destacou-se a recuperação da economia com o crescimento do PIB acima do que se projetava no início do ano, inflação abaixo da meta e queda dos juros para 7% ao ano, mínima histórica.

Para 2018, os economistas projetam mais um ano de oscilações ditadas sobretudo pelo cenário político. “Os mercados deverão continuar muito voláteis em 2018, devido, principalmente, às incertezas devido a eleição presidencial”, afirma o administrador de Investimentos Fabio Colombo.

“O principal risco que o Brasil enfrenta em 2018 é a possibilidade de um candidato nacionalista-populista ganhar a eleição de outubro, afastando-se das políticas reformistas”, escreveu recentemente o economista-chefe para América Latina do banco HSBC, John H. Welch.

Do lado internacional, a perspectiva de alta dos juros nos EUA pode, em tese, levar a uma desvalorização do real.

Para o fechamento de 2018, a previsão do mercado para o dólar aumentou de R$ 3,30 para R$ 3,31, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, e rondando esse patamar ao longo do ano todo.

O que pode azedar um pouco esse cenário, segundo os analistas, é a reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas em ordem e cuja votação está marcada para fevereiro de 2018 na Câmara dos Deputados.

O tema já foi destaque ao longo de 2017, sobretudo nos meses finais, quando Temer tentou colocá-lo para votação, mas sem sucesso. Em outubro, a moeda norte-americana era negociada em torno de R$ 3,15, mas com os sinais de que o governo não teria sucesso na Previdência, foi a cerca de R$ 3,30. Para diversos analistas, esse movimento já precificou a não aprovação da reforma da Previdência mesmo em 2018.

Apesar de 2018 ser marcado por incertezas, o mercado acredita que o BC não vai precisar atuar de maneira mais forte no câmbio e, assim, concentrar-se em apenas continuar rolando os swaps cambiais tradicionais – equivalentes à venda futura de dólares.

Fonte: G1 com Reuters