A observação do mês de julho nos deu algum subsídio para projetar algumas situações a respeito do restante deste ano.
Certamente continua sendo um ano de inúmeras incertezas, onde as Ameaças num SWOT são muitas, deixando todos com o grande desafio de buscar subsídios para tomar uma decisão a respeito da estratégia a ser implementada por todos os atores do Comércio Exterior.
A Covid continua tendo um lugar de destaque entre as ameaças, sendo que as variantes da Ominicron BA.5 estão aumentando os níveis de contaminação no mundo, apesar de uma redução drástica nos níveis de testagem.
Na contramão de todos os países, a China segue firme na política “Covid Zero”, mesmo que venha a afetar seriamente sua economia, que deverá realmente ter o menor crescimento dos últimos 10 anos.
Recentemente fechou um distrito de Wuhan, onde tudo começou, com 1 milhão de habitantes em Lockdown e por ter encontrado apenas 5 casos do Covid e assintomáticos, numa mensagem clara que atitudes vão tomar em caso de surgimento de novos casos, mesmo em regiões extremamente importantes para o Comércio Internacional, como fez recentemente, fechando Shanghai por dois meses.
A guerra Rússia-Ucrânia continua intensa e sem nenhum sinal que a Rússia pretenda retroceder.
Em represália às sanções impostas pela Europa e Estados Unidos, a Rússia continua diminuindo o fornecimento de gás à Europa, chegando a apenas 20%, o que aterroriza o continente com relação ao próximo inverno.
A Europa, por sua vez, intensificou a compra de Gás Natural Liquefeito, fazendo com que os preços mundiais subissem, afetando quase todas as nações.
Aliado a outros fatores de aumento de juros, alta inflação e consequente aumento do custo de vida, sérios distúrbios na relação com trabalhadores começam a aparecer ao redor do mundo.
Salientamos os casos dos trabalhadores portuários na Alemanha, ferroviários nos Estados Unidos e recentemente a greve de 20 mil trabalhadores de chão da Lufthansa em Aeroportos Alemães.
Com todas essas ameaças à vista, houve uma forte antecipação de compras em um efeito chamado “Pull Forward”, que mesmo com os pedidos de novas compras já em baixa nesse momento, faz com que toda a logística global permaneça complicada, mantendo o congestionamento de portos, atrasos de navios e a própria intermodalidade com o transporte rodoviário e ferroviário.
No Transporte marítimo, os fretes que já chegaram a 600% mais alto que os níveis pré-pandemia baixaram para 200%, entretanto, os espaços voltarão a ser restritos neste mês até novembro pelo menos e consequentemente, os níveis de frete estarão com tendência de alta após a queda com os meses de paralisação de Shanghai.
A única certeza que temos com relação ao frete marítimo é que nunca deixarão de ser voláteis, mas com a desfragmentação do mercado e a famosa ação por parte dos armadores chamada “Blank Sailing”, as margens dessa volatilidade serão certamente mais estreitas e dificilmente veremos um frete em níveis pré-pandemia.
O frete aéreo respira um pouco mais aliviado com um bom retorno de aeronaves passageiras nesse verão do hemisfério norte, o qual significa um bom aumento também para o espaço de cargas nesse tipo de aeronave.
Já sentiu-se um efeito nos fretes das aeronaves cargueiras e isso pode ser um sinal que a festa do frete aéreo altíssimo pode estar começando a acabar.
Devemos manter nosso foco com um planejamento o mais rápido possível de toda a cadeia de abastecimento e buscar estreitar os relacionamento com parceiros estratégicos para nosso negócio.
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